Queria muito passar no vestibular e estudava dia e noite, mas adorava essa época dos 19 anos, época de muitos amigos, os melhores e os piores. Quando você se preocupa demais a tendência é mais dar errado do que certo. Já que os seus nervos paralisam no ato por medo disso. Não passei para o curso que eu sempre sonhei, então, tentei passar para um curso que tivesse a grade equivalente.
O curso era em um Campus em outra cidade, por isso tive que me mudar. Apesar de ser interessante não era a mesma coisa, com isso aprendi que seu sonho não é remédio pra ter genérico, não tem substituto, não tem feliz e meio.
Me arrependi, gastei muito o dinheiro da minha família, e no final, larguei o curso e voltei pra casa. Vi que eu não podia perder tempo e novamente tentei algo que me levasse à felicidade sem ser o que me deixa realmente feliz, então, comecei a fazer Direito, que só me entortou mais ainda. No meio do caminho, descobrimos que minha mãe está (ainda está em tratamento) com câncer. A partir daí, era visitas infinitas, minha casa vivia mais cheia do que delicatessen em época de Páscoa, não havia sossego, cabeça para estudar. Era a mudança repentina e drástica de vida, a doença da minha mãe e mais pessoas falando todo o tempo. E mais uma vez, meu trampolim, de ilusões, me fez cair.
Em um ano, eu estudei ao máximo pra passar em uma Universidade que não passei, no outro, entrei em duas Universidades que não me mantive. Então, no auge da minha frustração resolvi relaxar um pouco, recarregar as forças para recomeçar. Eu quis tanto dar um passo, que regredi dois. Então, quis me manter parada por um tempo, pelo menos a inércia não te leva pra um lugar pior do que você está. E sim, foi aí que começou tudo, foi verdadeiramente o meu primeiro passo.
Be continued.
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